Tudo não passa de um grande negócio.
Tem aqueles que fazem bons negócios, mas outros são sujos (imundos).
Como nada é uma maravilha e sempre tem o lado ruim da coisa, assim seguiu a risca minha viagem à São Paulo.
Fui maltratado pelo estômago, sendo eu um cara exigente com comida, vide minha magreza e falta de apetite. Pois então, gosto de comer aquilo que é bom! E Sampa, culinariamente falando é bom pacas!
Tudo começou na manhã de Domingo (a verdade que começou mesmo na Sexta), dor de cabeça, vontade de ficar deitado por uma eternidade, uns barulinhos não identificáveis oriundos da minha barriga...
-Vamos comer! Vamos num RODÍZIO!
Aquilo soou muito interessante. Com uma viagem pela frente, alimentação mínima no final de semana, pensei, vou lá encho a pança e volto feliz e satisfeito pra minha terrinha.
Oh grande ilusão!
Mau sabia eu que meu grande amigo fazia parte desse jogo sujo.
Com todo o seu poder de convencimento me levou lá...
-O que acha de procurarmos outro lugar?
-Não! Vamos aqui mesmo, NUNCA TEM...
Entramos no recinto. Graças ao meu vício "pulamos" a fila.
Prato inicial, uma saladinha (igualzinho aqueles enfeites de cera da sua avó).
Exageros à parte, quem já estudou alguma forma de gestão de negócios facilmente faria a constatação, aquilo é um sistema. Tem o garçom que serve o arroz (muito e ruim), tem o outro que serve a carne (mal passada – boi mugindo), aquele que te pergunta a cada cinco minutos se quer alguma coisa pra beber (desconfiei seriamente que foi colocado salitre na "comida")... Tinha uma "gerente" com cara de
PRIMA que ficava organizando as coisas!!!
O mais interessante foi ver a churrascaria completamente lotada. Aquela gente toda comendo, feito uma tribo. Alimentando aos porcos com uma lavagem...
Foi o refrigerante mais caro que paguei na minha vida (foi a única coisa mesmo que eu "comi").
Aquilo me fez pensar bastante. Sobre o fato que existe de tudo e pra um público que se submete a aceitar certas coisas por um preço. E tem os bichos (homens) de negócios que vêem a oportunidade de usufruir dessa gente pobre (de espírito).
Essa idéia vai longe, chegando aos Silvios Santos da vida! Que "alimenta" a necessidade de entretenimento de toda uma nação...
Precisava-se mudar muita coisa, e de primeiro momento o respeito por si próprio.