Um Circo, um Palhaço, um Pipoqueiro, alguns amores, muitos porres. E uns textos complicados sem pé nem cabeça.

22.12.04

Circo: ÚLTIMAS SESSÕES DE 2004

Vamos aproveitar o finalzinho desta temporada pra planejar o que vem por aí em 2005. Não é muito coerente fazer planos, mas pensar um pouco adiante não custa nada, e muitas vezes acaba dando certo.

2004 foi um ano estranho.
Não foi nem muito bom, nem muito ruim (como muitos outros anos...).
Pra mim, teve um valor especial tanto profissional, quanto pessoal.

Foi o ano que consegui, finalmente, sair de casa.
Não que eu não goste da minha própria casa, mas é que quis saber como é ficar longe dela. E acho que o saldo foi positivo, haja visto tudo o que aconteceu nesse meio tempo. Descobri muitas coisas novas estando aqui em São Paulo, cidade que aprendi a gostar e odiar num espaço de tempo minúsculo.

Descobri que os momentos em que passamos com os amigos acabam sendo infinitos, já que ficamos sem nos ver durante um bom tempo; Sejam esses momentos bons ou ruins, acabam marcando mais ainda na nossa memória. E que quando você acha que todos eles sumiram da sua vida, é só olhar para o lado e ver que você pode estar escorado num deles.
Aprendi a conviver melhor com cada uma dessas pessoas, sabendo o que posso usufruir e o que preciso ceder para torná-las mais felizes. Esse é um ponto que me orgulho bastante.
Se não os tratei da melhor forma possível, foi porque no momento aquilo não era pra acontecer. Mas tudo o que fiz, especialmente da metade do ano pra cá, foi com o coração aberto e disposto a melhorar cada segundo da vida deles.

Espero que continuemos amigos por muito mais tempo do que imaginamos, mesmo contando com a ausência de alguns. Quero que meus filhos os chamem de tios, e que entrem na minha casa sem precisar bater na porta. Os caminhos podem, e vão, se distorcer num futuro não muito distante, mas espero que lá na frente nos encontremos novamente pra saber quão importantes somos uns pros outros.

Demorei pra perceber que é complicado ter uma relação à distância com alguém, mas que as pessoas especiais também podem existir aqui mesmo, perto da gente. Mesmo que elas entrem e saiam da nossa vida nos momentos em que mais precisamos delas. Cada uma tem seus próprios motivos, não entremos em detalhes.

Contudo, aprendi que nem sempre ser "bonzinho", é bom. E que por melhor que sejam suas intenções, as pessoas podem olhar pra você como se você fosse um animal faminto. Descobri também, que beijar outra pessoa pra esquecer a anterior só serve pra atestar que gostamos mais ainda da primeira. Só que isso às vezes é necessário e as pessoas o fazem para se refugiar.
Não escondi de nenhuma o quanto gostei delas, mas às vezes lidamos também com mulheres que pouco importam para o que sentimos. E se eu também não vejo onde encaixar um bom sentimento nesse "rolo", tiro de letra. Afinal, meu coração criou uma camada emborrachada que é à prova de sentimentalismo barato.

Pro ano que vem, não pretendo evitar que as paixões venham, como tentei fazer nesse final de ano. E se tiver que me foder de novo, estamos aí. Cansei de ser bonzinho oras...
Só não aceito, e nem aceitarei, que as pessoas me cobrem o devido tratamento que recebiam, no momento em que elas se encontravam "por cima da carne seca".

Aprendi também a conviver comigo mesmo, e com as situações que me remetem. Saiba de uma coisa: solidão não significa estar sozinho, e estar sozinho não significa solidão.

Bebi café e fumei muito pra esquecer uma pessoa maravilhosa, que me ajudou a enxergar algumas qualidades obscuras na minha pessoa.
Bebi muita cachaça pra lembrar dela, nas horas em que me sentia triste por não poder dividir com ela um espaço gigantesco dentro do peito.
Ela foi responsável por 80% das criações que a remeti, pra tentar trazê-la pra perto de mim. E quando se foi, levou meu bom senso, juízo e tinta na bagagem. Já não choro mais por isso, o acaso sabe o que faz. Espero eu.

Pra finalizar, espero encontrar minha família sempre unida quando voltar pra casa, pois eles ainda são a base pra me manter de pé, sempre que preciso. E que eu continue progredindo no meu lado profissional, mesmo que caminhando no contra-fluxo. Ainda tenho muita coisa pra TENTAR fazer. Muitos erros pra cometer !

Quero muito encontrar todos juntos no final de ano, apesar de saber dos problemas de cada um. Mas uma coisa venho dizendo há tempos: O NATAL É MÁGICO DEMAIS PARA FICARMOS SOZINHOS E TRISTES. Vamos ao menos arriscar, já que mantivemos os pés no chão durante o ano todo.

É isso aí.
Não queria isso ficasse tão grande assim, mas é compulsivo. Alguns sabem como é.
Ano que vem o Circo volta, pingando São Paulo-Londres pra todos os espectadores.

Beijos no coração de todos, e Feliz Natal e Ano Novo.


13.12.04

UM FALSO FRACO

Acordei, e
Encontrei-me distante.
Perdido. Quase esquecido,
ENFRENTANDO a fraqueza
E tudo mais que metia medo.

Pois bem, me lembrei de ti
Logo ali, perto das cinzas
Colando seus cacos, e
O pouco que restou.

Me fortaleci,
Não resisti.
E num instante racional,
Te estendi a mão
Como quem se julga errante,
Pra te livrar
Do mal que é viver
Onde tudo é dor.

Cedi meu ombro, meu colo
Meu abraço.
Carreguei de CHUVA meus olhos,
E te fugi pra tão longe
Que não quero saber voltar.

E agora?

Pronto! TERMINEI.
Acabei e nem sei por onde começar...
O garoto problemático pôs a prova sua competência.
Feito do seu jeito, mas chegou ao fim!
Sente-se feliz pela "conquista"?
Por mim, não!
Isso causa revolta em alguns...
- Você vive descontente!
- Só sabe reclamar! Tem tudo na vida!
Mas não me encaixo nesse perfil que me enquadrei.
E estou correndo pra fazer mudar alguma merda.
Vai ser uma mudança drástica.
E vai me fazer FELIZ!!!

Homem, o Lobo do Homem

Existem os maus. E tem os que nascem bons, mas a convivência (interferência) das pessoas os transformam. Mudando a forma de agir. O conto de fadas é desfeito, e a beleza como antes era encarado os acontecimentos modifica-se. Nunca se pode acreditar que as atitudes de pessoas serão de acordo com os seus principios.
Não me tornei uma pessoa pior, porém o pouco da graça foi desfeita!
Existem outras belezas e nelas que me fortaleço.
Apaixonar-se é um dos momentos mais belos que se pode desfrutar em uma vida!!!
Amando verdadeiramente...


7.12.04

ADOLESCÊNCIA

E se eu ainda fosse aquele um...
Jovem vagabundo que andava a esmo
Procurando no primeiro balcão
A companhia ou o par da canção ?

E se eu ainda fosse aquele um...
Sem voz ativa, sem pincel, sem cativa
Que achava em todo sorriso um defeito
E em qualquer guia, um leito ?

E se eu ainda fosse aquele um...
De pique, bola e pião,
Risada fácil e cara suja ?

E se eu ainda fosse aquele um...
Das cartinhas, bilhetes e selinhos
Diário e canetinhas ?

E se eu ainda fosse aquele um...
De rosas, gritos e campainhas
No breu da madrugada ?

E se eu NÃO fosse mais aquele um...
Sem humor concreto, peito fraco
Amigos a dedo e coração de cêra ?

Seria eu uma cópia
Daquilo que já quis ser
Ou apenas o fracasso de alguém
Vitorioso que prefere se esconder ?

1.12.04

"Eu já não agüentava mais olhar no espelho, e ver que barba não parava de crescer.
Olheiras ? Pareciam óculos de sol, de tão escuras.
O corpo havia entrado naquele famoso "efeito sanfona". Hora inchava, hora murchava.
Organismo ? Tinha ido pro saco há tempos.
Paciência eu tinha de sobra. Afinal, depois que resolveram 'tomar' um pedaço da minha vida, tive de ceder a certas imposições.
Não me preocupava mais com as contas. Um dia elas iam se acertar sozinhas.
O trabalho ia normal. Normal não, agora tinha virado TRABALHO aquela diversão toda..."



Isso foi achado em algum lugar