Glastonbury 2005

Estava lendo a coluna do mentor Lúcio Ribeiro nesse momento e fiquei pensando...
Pensando que o festival acontece nessa época do ano, e que nesse lindo período eu estarei lá por perto!
Pode acreditar! Estarei na “casa” da rainha...
Mais precisamente em Bournemouth. Cidadezinha ao sul do Reino Unido, a aproximadamente 160 Km da bagunça londrina...
Admito não estar acreditando muito nessa realização desse sonho...
Mas não tem volta, estou fazendo o pagamento da matrícula hoje!
Saudades sentirei por demais! Mas nunca é tarde para correr atrás daquilo que você realmente quer para sua vida, e eu estou fazendo a minha parte.
E tem outra, prometo fazer desse cantinho um diário onde registrarei todas as minhas aventuras, sendo alguma delas impróprias para essas crianças que por aqui passam!

Vai lá menino...

Busca essa paz interior que vive fugindo de VOCÊ!

HOMEM X MÁQUINA

É... ainda não foi desta vez que eu cedi espaço para os “celulentos”. Belo invento.
Mas mesmo preferindo o computador ao papel nas horas de escrever, acho que não sou uma pessoa inteiramente adepta à tecnologia. Na minha opinião seria muito mais romântico e interessante, dar umas pancadas numa boa e velha Olivetti.

O que se sucedeu desta vez ? O tal do celular.
Bendito aparelhinho indispensável para os comunicadores.
Auto lá ! Existem certas excessões.
Esses dias ouvi um amigo meu, quase-formado na área de Comunicação dizer: "Sou o único comunicador incomunicável !" Referindo-se ao fato de, assim como eu, não possuir um telefone celular.

Acontece que estou há quase 4 meses fora de casa e ainda não comprei um.
Tá bom vai, você está há 2, 3, 10 anos fora de casa e também não tem celular. Mas você tem telefone fixo, não tem ?! Eu não.
Ninguém me acha aqui em São Paulo, a não ser no serviço. Ou pelo e-mail.
A pressão das pessoas que tentam falar comigo, para que eu compre um celular é forte.
Se for pensar bem, faz sentido. Nos casos de emergências e tal.

Já houve um tempo em que celular era modinha. Mas hoje a utilidade venceu a moda.
Concordo que eu preciso comprar um. Mesmo forçado !
Aliás, pode até ser que enquanto você passa os olhos nesse Circo, eu esteja dando uma “fuçada” no meu mais novo celular. Ou então numa loja, adquirindo o “útil”.

Provavelmente ainda demore um pouco, já que em algumas situações, a aquisição não depende só de mim. Depende do banco, que não investe grana minha na conta !

Mais uma vez a palhaçada se acaba.
E os palhaços voltam pro Circo. Por que é no Circo onde a gente finge viver a vida. Cada um da sua maneira.
É a parte que me deixa mais triste.
É aí também, que eu penso como era bom quando todos estavam no mesmo Circo. Não haviam despedidas.
Os palhaços eram mais fortes !
Não ficavam tão carentes. Eram caras valentes !
Mas agora, minha gente, é hora de voltar pro chão.
Estar aéreo é bom demais !
Só que assim como a maioria das coisas boas, foi feito pra durar pouco.
E nem percebemos que já somos quase homens feitos.
Procurando, daqui a pouco, uma casa pra morar com a família.
Sem lembrar que somos crianças grandes. Ainda carentes de um colo. De um abraço. Um leitinho quente !
A vida é precoce demais !

Mas se não fosse assim, talvez os palhaços nem seriam mais tão engraçados.

Beijo na testa.
E até a próxima.
Quem sabe no final do mês.

- E você pensa que eu não te conheço...
- Não sei. Por que diz isso ?
- Sei até que ponto você é tímido.
- ...
- Deixa pra lá...
- Ah, esqueci de te dizer...
- O quê ?
- Tem um amigo meu vindo pra cá essa semana.
- Ah é ? Então não vai dar pra eu ficar na sua casa ?
- É claro que vai.
- Mas como vai caber todo mundo ?
- Eu durmo no chão - que migué - e você na minha cama.
- Ah não. A gente divide a cama oras !
- Já que você insiste...
- E quem é esse seu amigo ?
- Aquele um que te falei.
- Não acredito ! Também faz um tempão que não vejo ele !
- Ih... vai devagar com essa empolgação aí...
- Hahahaha ! Olha que ciumento !
- ...
- E quando ele chega ?
- Acho que na sexta à noite.
- Legal.
- É. Mas vamos comer logo, porque eu tô morrendo de fome...

- Oi !?
- Oi !!!

UM LONGO E SILENCIOSO ABRAÇO PRECEDEM OS SORRISOS...

- Quanto tempo !
- É mesmo ! Estava morrendo de saudades !
- Eu também... finalmente te achei...
- Eu é quem estava te procurando !
- Nossa - olhando pra ela - Como você está linda.
- Obrigada - sem jeito - pra onde vamos ?
- Vamos pra casa. No caminho a gente pára pra comer alguma coisa.
- Tá.
- E como você está ?
- Estou indo né... Larguei do cursinho.
- Por quê ?
- Vou voltar a estudar aqui.
- Ah. Que ótimo.
- Preciso saber de uma coisa desde já...
- Pode falar.
- Lembra quando te conheci, há um bom tempo atrás ?!
- Claro... Sei descrever até a roupa que você usava...
- Ah não ! Sério ?
- Uma calça vermelha...
- Não acredito ! Já chega...
- Não vai terminar a pergunta ?
- Ah... então... - segurando minha mão - Você gostava de mim ?
- Olha, pra te falar a verdade - segurando a outra mão dela - no começo eu só te achava linda...
- [risadinha] Ã...
- Depois, passei a gostar mesmo de você.
- Mas você não me disse antes por quê !?!?
- Sei lá... acho que por timidez...

- Alô ?!
- Alô... Oi ! Já chegou ?
- Quase. Tô entrando na rodoviária.
- Ai que bom. Que ônibus é ?!
- Puts... sabe que eu nem prestei atenção !!!
- [risadinha] - Desligado mesmo !
- Pois é. Cheguei. O ônibus tá parando na plataforma 8.
- Nossa ! Eu tô na 25 !
- Ixi...
- Espera aí que eu tô indo !
- Não precisa correr, eu não vou tão longe.
- Ai seu bobo...
- Tô te esperando. Beijos.
- Beijão !

ALGUNS BONS MINUTOS DEPOIS...

- Alô ?!
- Alô !!! Cadê você ?!
- Ainda te esperando !
- Na plataforma 8 ?
- É. Onde você tá ?
- Na 8 também !
- Onde que eu não te vejo ?!
- Perto da grade. Estou com uma jaqueta de couro marrom.
- Tá. Não desliga não que eu ainda não te achei.
- OK. Me achou ? Eu também não estou te vendo !
- Péra aí... que terminal você tá ?
- Barra Funda. E você ?
- Tietê...
- Caramba ! Como eu fui burra !
- Não esquenta. Me espera aí que estou pegando o metrô.
- Tá bom. Não demora hein ?!
- Lógico que não...
- Tá ficando tarde. E aqui é meio vazio.
- Tô indo !
- Beijos...
- Beijo. Tchau.