Dois pontos:
Não foi a primeira vez que me flagrei no bairro mais higiênico de São Paulo, esperando por ela no pé daquele enorme edifício branco. Lembro que a situação nem sempre era confortante, ao menos de início. Mas eu bem que gostava daquilo tudo. Havia todo um mistério por detrás de uma relação não-definida. E como um ciclo, acabou chegando ao fim.
Acho que se eu tentasse omitir as minhas vontades, estaria passando por uma pessoa orgulhosa e egoísta, porque a frustração pode não existir, mas os desejos reprimidos incomodam todo e qualquer ser que não tenha preguiça de pensar além do necessário.
Pra mim, foram 3 meses eternos que não consigo resumir em poucas palavras tudo o que aconteceu. Foram eternos no sentido de durabilidade, de tempo que não passa, de tempo que engatinha. Voltas que foram dadas, mas que em “tempo normal”, jamais aconteceria com tanta freqüência. Apostei na montanha russa, apertei meu cinto. Quis correr os riscos. Eu os corri !
A indiferença dos sentimentos foi algo que surgiu com o passar do tempo, com a situação. Não foi opcional, e sim involuntária. E são situações onde se deve absorver o máximo de positivismo possível. Tá vindo... e eu indo.
Pra brincar um pouco com as palavras, que às vezes não é tão difícil assim, resolvi descer do trem antes de chegar no meu destino final. E esperar na Estação até que passe um trem capaz de me levar a um lugar no mínimo parecido com o que eu pretendia. E pretendo... mas não nesse exato momento.
Ponto.