- Corre ! Corre Mario ! Corre... !
- Não vai dar !
- Corre !!! Aperta !!!
- FODA-SE ...

...
...
...

- Tarde demais...

Pois é...

Precisou alguém dar um sermão pra eu cair na real.
O cara tinha razão, tive de reconhecer.
Ultimamente tenho vivido muito de forma reprimida. Evitando as adrenalinas que a vida pode me proporcionar. Assim acabo adotando a introversão. E não é o que eu quero !

Sempre preguei pela liberdade de ação.
Fazer o que bem entender, pensar apenas no dia atual e esquecer o futuro ou passado, não dar valor às coisas materiais.
Mas não é o que eu tenho feito.

Acabei caindo na real.
Demoro demais pra tomar decisões, ainda mais quando são arriscadas.
Ou é por pé-no-chão ou pé-atrás.
Sou muito fã de viver às custas de aventuras, mas meu pensamento realista (muitos dizem pessimista) não me deixa. Me prende.

E quando decido tomar as decisões consideradas precipitadas, fico assim. A mil por hora !
Eu, que ainda pensei em adotar o |FODA-SE| como tecla-chave para tudo...


|FODA-SE|

É pra lá que eu vou.
Preciso da última dança.

Eu falo. E sempre falei.
Tudo o que é bom dura pouco !
Já tinha até me acostumado a viver mais sossegado. Não estava preparado para grandes emoções, mas um dia elas aparecem novamente.
E esse dia pode estar perto.
Logo agora, que eu estava voltando a gostar de alguém do jeito que eu realmente queria.
Não bastasse a distância daqui até LÁ, agora existe também o ACULÁ. Só que esse aculá é longe demais daqui.
É uma pena, porque a frequência de encontros irá diminuir.
Ou não.
Só sei que eu vou sentir a falta dela.
Demais !

Justo agora que eu...

Falei pra ela: "Já até escrevi sobre você..."
Ela sorriu.

Depois disso não consigo relatar mais nada a seu respeito.
Apenas que ela foi meu primeiro par de festa junina.

Oh Férias !

Como eu as quero de volta !
Nunca imaginei que essa vida sem férias chegaria tão cedo.
Agora que fico aqui, longe de tudo e de todos, sinto como é ruim ter de estar perdendo meu precioso tempo "trabalhando" enquanto a galera se diverte.
Se bem que não são todos que estão gozando das benditas.

Alguns outros também estão nessa mesma, e furada, barca que eu me encontro.
Eu e meu caro amigo Pichinguinha estamos há algumas centenas de quilômetros de distância, mas a tecnológica internet nos proporciona o prazer de bater papo todo o santo dia.

De uns dias pra cá, percebi que a maioria dos assuntos discutidos foi a respeito das férias.
Ele, assim como eu e mais alguns, está trancafiado dentro de uma sala cheia de gente, computadores ligados e horário a ser cumprido.
Em pleno mês de julho. Em plenas férias.

Férias essa que há alguns bons anos, passávamos 6 dias da semana no clube. Só não íamos às segundas porque fechavam para manutenção e limpeza.
Quase todo mundo morava por lá. E quem não morava, passava as férias na cidadezinha do interior. Como era proveitoso !

Tempo bom que não volta, meus senhores !
Portanto, nos contentemos em ainda poder abrir a boca pra falar "sim senhor", para o tiozinho que nos paga a "energia" gasta nos eternos finais de semana.

Pronto.
Perdi para um mero Celulóide.

Mais uma vez a história do beijo me acerta.
Dessa vez, em proporção menor.
É uma história antiga, que ao meu ver, não vai ter fim nunca. Aquela mesma mocinha que uma vez me "roubou" um beijo, foi protagonista de uma ceninha que ainda matuta na minha indecisa cabeça.

Repare que quando você vai cumprimentar alguém que não vê faz tempo, se beija com uma intensidade maior. É mais caloroso. Existem ocasiões que você simplesmente vira o rosto pra ser beijado, mas nessa primeira que eu citei, você também tenta beijar. Pelo menos comigo é assim.

Então ela veio pra me dar aquele beijão no rosto, e eu fui pra dar aquele beijão no rosto dela. Resumindo, é... foi.
Salgado. Tenso. Intenso !
Não fiquei sem graça porque não foi a primeira vez. Nem ela ficou, acho que também pensou nessa de "Ah, uma vez a mais não vai fazer diferença".

A diferença foi que o carinha chegou um tempo depois.
Mas acho que até ele mesmo deve estar calejado por ela passar meia festa conversando comigo, sempre que nos vemos.
Só que ele não é o diretor desse teatro. E também não vê o que se pretende depois que as cortinas fecham.
Eu disse pretende. Não que aconteça.
Mas um dia essa porra voltará ao normal.

Ah, mas volta mesmo.

Quebrando o silêncio seco desse beco com meu berro!

Falo alto, falo pra todos!
Incomodando muitos, principalmente os tolos...
Essa gente besta que vive pro nada,
Sentindo aquilo que não acrescenta!
Vamos nos equilibrar nos meio fios do esquecimento.
Se embriagar com a alegria do momento,
Isso vale para aqueles que são comuns aos nossos olhares...
Aos bêbados suicidas que se esfregam nojentos.
A moça pura que se esconde dos prazeres ocultos!
O governante que rouba daqueles que o apoiam.
O rapaz tímido que nasceu com o seu torto destino,
Para o andarilho que carrega a pesada bagagem de vivência.
Aos infelizes que se mostram contentes,
E os apaixonados entorpecidos de amor!
Os trabalhadores incansáveis fugindo da realidade da vida.
Para os idosos conservadores que apenas se contradizem.
Confortando os pobres de carinho,
Aquecendo o fraco que não possui forças para lutar contra aquilo que não acredita!
Para os devotos sedentos na crença da solução de todos seus problemas.
Principalmente aos jovens descontentes pela mesmice de todos os dias.
Ao solitário que se realiza na exclusão.
Chegando nos ouvidos dos palhaços que buscam sempre dar risada fazendo palhaçada.
Que esse espanto passa diante seus olhos enchendo-os de água...
Mas é com extrema esperança que eles vão levando,
Porque a maquiagem é muito linda para ser borrada!

PRIVAÇÃO!

Existem tantas coisas que deixo de fazer para economizar uma quantia irrisória comparada ao prazer que aquele momento ira me proporcionar!
Estava pensando como foi boa aquelas viagens. Que por mais nem menos entrei num ônibus e fui pra uma cidade que nem sabia ao certo no que iria dar! E deu! Foi fantástico. E mais, me fez mudar como encarar a vida, tentando aproveitar ao máximo todas as oportunidades.
Pena que nem todos pensam assim...
Vou fazendo a minha parte, instigando quem eu quero ao meu lado, nessas baguncinhas eternas!

“Segura na minha mão... Vou mostrar um pouquinho da beleza que existe nesse mundão!”

ZZZzzzzz... ?!

Uma overdose de cafeína e uma cabeça confusa foram suficiente pra me tirar o sono nessa última noite.
Tudo começou quando decidi fazer um café, pra passar o tempo. Acho que foi a primeira vez que faço café aqui em casa, afinal, há umas duas semanas atrás nem tinhamos acessórios pra preparar um. Pois bem, café pronto, sento na frente da TV pra acompanhar os purtugueses na final da Eurocopa.

1 caneca, 2 canecas, 3 canecas, e a ligadeira começa. Olhos estalados, pensei: "Pronto... é hoje que não durmo..."
Então tive a brilhante idéia de abrir a geladeira. Mas geladeira de república é foda. Sempre tem: água gelada, gelo, catchup e... e ?! 3 Brahminhas assanhadíssimas, me olhando com aquela cara de "Vem moreninho, vem que a loirinha vai te adiantar o sono..." Na mosca ! Mas agüentei firme. E neguei fogo.

Tomei mais uma caneca de café.
E de repente, não mais que de repente (lembra de uma professora que falava isso 2 vezes por aula ?), chega a galera, com uma sacolinha cheia de Antarctiquinhas.
Não teve jeito. Pensei no soninho gostoso que elas poderiam me causar e... tomei. Só 5, pra dormir feito um bebê.
Mas o sono nem veio. E eu tomei mais umas 2 canecas. De café.

O resultado !?
Eu andando a noite toda naquele quarto-sala-banheiro-cozinha em dois cômodos.
Quando veio o sono, eu escuto aquele barulho da velha e eficiente Frigidaire azul, que ligava e desligava no meio da noite.
Foi bom que deu pra pensar num monte de coisas que não pensava havia tempos ! Muito arrependimento, como sempre !
Pelo menos descansei a mente. Só que o físico tá um bagaço.

E Purtugal perdeu pra Grécia.
Fazer o quê ? Ora pois...