Um Circo, um Palhaço, um Pipoqueiro, alguns amores, muitos porres. E uns textos complicados sem pé nem cabeça.

3.2.09

Por quem beber?

Desta vez eu tinha um motivo muito convincente pra encher a cara e dormir sem tomar banho. Eu poderia sair sozinho, sentar em um bar qualquer e beber até minha cabeça voltar ao normal. Não por causa da bebida, mas pra que as coisas ruins saíssem mesmo. Mas aí eu fico pensando onde isso vai me levar. E também qual o significado desta reação. E o que eu ganho no dia seguinte é uma bela ressaca, mais por ter cedido aos goles do que pelos efeitos do exagero.

Mas depois eu penso que deveria mesmo é ter bebido bastante, porque era assim que eu fazia antes. E dava certo. Era assim que eu fugia de mim mesmo, das coisas que eu não queria ter de encarar, e me culpar apenas por bebido e não por ter cedido. Daí eu ponho em cheque o tamanho do meu orgulho, e a minha teimosia em levar tudo do meu jeito e não escutar ninguém. As coisas só prestam se eu decidir que prestam, e é isso. Então tropeço nas minhas próprias pernas e tento não aceitar o que eu não consigo escolher. E descubro que ela não vale meus goles.