Um Circo, um Palhaço, um Pipoqueiro, alguns amores, muitos porres. E uns textos complicados sem pé nem cabeça.

3.8.08

Eu não quero mais

Alguma coisa aqui não faz mais sentido, camaradinha. E não é que eu não saiba dizer ou explicar. É que a instabilidade como tal não tem nome, endereço e muito menos telefone. É daquelas que não te faz procurar os lugares certos pra encaixar as idéias certas. Não provoca anseios, não provoca reações, revoluções e afins. Eu não tenho vontade de fazer mais nada que seja fenomenal, nada que encha os outros de orgulho e tão pouco vontade de me dar uma bela olhada e dizer que eu jamais seria capaz. E tudo o que eu preciso ser agora é um homem sem ambição, um bote corredeira abaixo rumo à queda livre.

Eu não quero ler sobre quem fez o quê e como, ou então ouvir qualquer som que me deixe legal e com sede de viver intensamente cada dia da vida. Eu não espero nada de ninguém. E espero que não esperem de mim. Porque eu não acredito em mais nada e em ninguém. Eu não acredito no poder da palavra, muito menos daqueles que já viveram mais do que eu. Chega de ilusões, de histórias fálicas e bem tramadas. Aos quintos todos aqueles que pregam este tipo de coisa. Aos quintos aqueles que desejam construir uma segregação, um clã e até mesmo pretendem ser uma espécie de lenda e conquistar seguidores.

Agora o que menos importa pra mim é a opinião dos outros, tanto quanto suas experiências mirabolantes e ensinamentos que a vida lhes trouxe. O que vale pra você, certamente não vale pra mim. Nós não estamos dentro de um mesmo barco, não temos alguém no comando. É cada um por si. Engana-se quem pensa o contrário.

Eu estou farto dos anseios, das glórias e do sucesso conquistado a cada vitória mentirosa que a vida nos oferece. Eu não quero mais.