Um Circo, um Palhaço, um Pipoqueiro, alguns amores, muitos porres. E uns textos complicados sem pé nem cabeça.

28.6.08

De volta ao trem

Escrever tem ser tornado um processo difícil e tanto pra mim. Há dias, meses, e talvez anos que não consigo tocar em nada que me agrade, não consigo transformar nada em coisa alguma e também começar do zero e tentar chegar no que tange o que eu julgue "bom".

O tempo chega e a gente acha que vai polindo as características, os trejeitos e a forma de buscar a inspiração, mas acho que isso tudo não passa de um grande ponto de interrogação dentro da minha cabeça. Não há sequer uma fórmula, um macete que corte caminhos e faça a luz clarear a mente. Apenas situações incomuns, que me pegam de surpresa e me deixa inquieto, pensando "e agora, como é que eu faço pra deixar essa merda sair?". Uma coisa é certa, beber ajuda.

As mulheres ajudam em parte. Mas o amor nunca foi meu maior inspirador na hora de tentar escrever. Talvez a saudade, isso sim pode ser. A saudade (quando existe) é uma boa maneira de refrescar a memória, cantar, colocar no papel coisa alguma. Nada a ver com elas talvez, porque na maioria das vezes não escrevo para elas, mas sim por elas.

E só de poder tocar de novo naquilo que ainda não defini se é um texto, um conto, um romance ou apenas uma história sem começo e fim, apenas com um meio, já me põe de novo nos trilhos, joga carvão na fornalha e faz a locomotiva funcionar.