Um Circo, um Palhaço, um Pipoqueiro, alguns amores, muitos porres. E uns textos complicados sem pé nem cabeça.

3.3.06

trouble boy

2006 começou pra mim na segunda-feira de Carnaval, quando acordei às seis da tarde esparramado em um colchão no chão de casa, com uma dor de cabeça dos infernos e podendo sentir a garganta inflamar mais uma vez em menos de quinze dias. Consequências de uma (ou umas) inconsequência, de gente que não tem fim e não sossega enquanto a coisa não arder. Tudo o que consegui fazer foi tomar um banho quente, botar uma roupa quente, tomar uma cacetada de remédios e tentar consertar algumas coisas que fiz e outras que disseram que fiz na noite anterior, que devo dizer, foi uma das mais retardadas de toda minha história de vida.
Mais uma vez volto a bater na tecla que nos últimos tempos não vinha me chateando: mulher. Isso é até inédito, mas é verdade. A não ser um ou outro arranca-rabo, coisa antiga, o resto caminhou tudo nos conformes, a ponto de me enojar e parar pra pensar qual seria o final de toda essa palhaçada. Eu tinha decidido que não faria mais sacanagens com ninguém, independente do grau de relação que havia entre a gente, mas se um dia você já fez isso e outros ficaram sabendo, você simplesmente se fodeu na condição de "fez a fama, deita na cama". E qualquer pisadinha na bola é motivo pra pensarem que as coisas continuam do mesmo jeito, e que homem é tudo igual e que você não mudou porcaria nenhuma. Até concordo com um fator: depois que alguém perde a credibilidade, fica mesmo foda consegui-la de volta. E acreditar na palavra de alguém que caiu em descrédito também deve ser como crer em papai noel...

Não há nada que eu possa fazer agora, porque entrei nessa por diversão e acabei me envolvendo de um jeito que não estava nos meus planos, tentei fazer tudo correto e até corri de coisas que pudessem estragar tudo. Fui durão! Mas agora o ano começou realmente, não há mais tempo pra lamentações ou arrependimentos (embora se eu pudesse voltar no tempo, esse carnaval seria o primeiro a ser refeito) e eu me mato na rotina que parecia nova há alguns dias, mas já se tornou rotina com as mesmas letras de outras. Volto a me foder por causa de mulher daqui a pouco, tenho certeza, mas nem quero pensar nisso antes da próxima encarnação. Só uma coisa ficou me incomodando: eu achava que o problema estava nas mulheres, mas ultimamente sou um problema pra muito mais gente do que imaginava.