Um Circo, um Palhaço, um Pipoqueiro, alguns amores, muitos porres. E uns textos complicados sem pé nem cabeça.

12.1.06

Meu vestibular

Feliz fui eu porque entrei numa faculdade onde o vestibular não me deu o mínimo de frio na barriga, e também posso lembrar que quando fui prestar Pedagogia na fuvest em 2002, não via a hora de terminar a prova e ficar torcendo pra todos aqueles chutes meus entrarem na gaveta, "lá onde a coruja dorme", como diria o Silvio Luis, sem um pingo de preocupação em ir bem na prova ou então chegar em casa e encontrar meus pais com o chinelo na mão, me esperando pra dizer que das 100 questões eu tinha acertado 29, e que tinha zerado em matemática e física, mas com um sorriso maroto no canto da boca, porque eu tinha mandado ver em inglês e português. Pra mim aquilo tudo já era o bastante: eu não ia sair de casa tão cedo, ainda mais com o pretexto que iria fazer uma facu de Pedagogia. Eu precisava de uma desculpa melhor, e foi daí que inventei um monte de coisas que não vale a pena escrever sobre.

Mas tô puto da vida por causa desse tal de frio na barriga, que há 4 dias fica me incomodando e tirando meu sono. Tudo por causa de uma entrevista de emprego. O MEU VESTIBULAR. Esse sim me deixou sem dormir, e com uma ânsia danada de fazer cagadas e tentar consertar tudo em 48 horas, mas a única coisa que consegui fazer (várias vezes, por sinal) foi abrir a janela do quarto bem aberta, e fumar um cigarrinho tentando pensar em infinitas coisas que não fossem a porcaria do MEU VESTIBULAR.

Mas era praticamente impossível, essa coisa ficava me assolando e eu preocupado com coisas inúteis e uma hora pensava que tinha tudo pra dar certo, só que 3 segundos depois eu já conseguia encontrar infinitos motivos pro cara me dar um pé na bunda e mandar eu cortar a barba direito (embora eu tenha cortado com muito afeto antes de ir pro abate). E pensando bem não havia muitos motivos pra eu cair fora dali, a não ser o nó da minha gravata, que parecia um "nó de sunga véia do vovô", que foi persistentemente vigiado pelo carinha que me entrevistava. Mas enfim, tudo correu bem, e agora assumo que serei mais um porrinha que usa terno e gravata pra trabalhar.

- Qüen ! Tá na hora do pato bater asa !!!