Um Circo, um Palhaço, um Pipoqueiro, alguns amores, muitos porres. E uns textos complicados sem pé nem cabeça.

12.4.05

O tumulto começou do nada, e ninguém sabia de onde vinham os gritos. Eu já tinha bebido muito além do que imaginava, então só escutei alguém gritando "pega o de camisa preta !"
Isso devia ser umas duas da madrugada, e não pensava que poderia ser comigo. Um cara barbudo chegou perto de mim com uma faca na mão e disse que eu tinha uma "dívida" com ele. Fingi que não estava entendendo nada e quando um outro neguinho de colar prateado veio pra cima de mim, não exitei: dei dois tiros no peito do filho-da-puta e ainda baleei o barbudo no braço, que acabou escapando.
Não tive medo, não. Sabia que esse rolo era meu, e que um dia teria que acertar.
Ainda bem que foi na hora certa...