CRENÇA
Balançar, balançava. Agora, já não mais.
Fez numa colher simples de bronze, engolir o doce
Que foi doçura pro meu sonho
E pôs-se a tossir tolices
De quem o tempo só comeu tempo
E não estancou o choro.
Oras vil, busquei tento pro meu vácuo
Mas na imensidão do nada, nada encontrei
Precisei de algo pra me apegar,
Me apegar.
E mentiras pra acreditar, e não crer.
Ao descobrir que verdades não nascem,
São criadas por babás maldosas
Me desliguei do surreal,
Sem cessar a peleja pela morbidez
E de algo pra me apegar
Me apegar.
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