Um Circo, um Palhaço, um Pipoqueiro, alguns amores, muitos porres. E uns textos complicados sem pé nem cabeça.

14.2.05

CRENÇA

Balançar, balançava. Agora, já não mais.
Fez numa colher simples de bronze, engolir o doce
Que foi doçura pro meu sonho
E pôs-se a tossir tolices
De quem o tempo só comeu tempo
E não estancou o choro.

Oras vil, busquei tento pro meu vácuo
Mas na imensidão do nada, nada encontrei

Precisei de algo pra me apegar,
Me apegar.
E mentiras pra acreditar, e não crer.

Ao descobrir que verdades não nascem,
São criadas por babás maldosas
Me desliguei do surreal,
Sem cessar a peleja pela morbidez
E de algo pra me apegar
Me apegar.