Não existe nada mais samba que o engraxar de sapatos.
Verifiquei isso, ontem, na rodoviária. Quando chegou perto um garoto com uma caixa nas costas:
- Vai graxa ai?
- Ahã? Ah, por favor...
Foi quando ele pegou a flanela e deu aquela lustrada num compasso ritimado.
Logo, pensei. Não é atôa que grandes sambistas foram engraxates na sua infância.
E aquele menino tinha um jeito maroto.
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