Um Circo, um Palhaço, um Pipoqueiro, alguns amores, muitos porres. E uns textos complicados sem pé nem cabeça.

25.2.04

Perdas e Danos

Mais uma vez estou a reclamar de como é ruim escrever um fato, depois do mesmo já ter passado. Seria bom se, toda vez que surgisse uma idéia na minha cabeça, eu estivesse com meu computadorzinho para narrar e traduzir o pensado.
Quando cheguei de viagem, e abri a carteira, não havia nada mais do que alguns guardanapos rabiscados, com alguns tópicos importantes, uns telefones e outras tentativas de explicar sonhos. Nada muito complexo.
Observei que nesses relatos sobre os sonhos, haviam alguns nomes de meninas. Na frente, uma seta ligava os nomes à frase “Perdas e Danos”. Eu nem lembrava direito o que aquilo significava. Agora, com mais tempo, consegui ligar os fatos. E cá estou a relatá-los.

Esse título tem tudo a ver com o que já eu já passei. De uns tempos pra cá eu tenho parado pra pensar em quantas “cagadas” eu já fiz, só em relação às mulheres. Sem gabo algum, posso afirmar que já perdi oportunidades únicas com elas. Algumas até me deram outra chance, mas eu tornava a errar.

Meu erro ? Dizer a verdade.
Eu nunca conseguia sair um bom tempo com a menina se eu não estivesse afim. Então eu chegava pra ela e falava que não dava mais. Passava um tempinho, e eu tava atrás dela mais uma vez. É o famoso “murro em ponta de faca”. Como eu já fiz isso!

O pior é que essa teimosia de ser sincero só me ferrou. Eu sempre gostava da menina depois que terminava. Talvez seria menos pior, se eu continuasse mais um pouco, mesmo sem gostar o tanto que eu queria.
Agora pago um preço sem tamanho por ter sido sincero demais.
Quando vou atrás do passado, é sempre tarde.
E por mais que eu saiba o quanto é tarde, continuo esmurrando a tal faca.