Um Circo, um Palhaço, um Pipoqueiro, alguns amores, muitos porres. E uns textos complicados sem pé nem cabeça.

18.2.04

O beijo que eu roubei foi roubado

Massificando ainda mais a história sobre falar mais verdades do que mentiras, dessa vez ocorreu-me um fato meio curioso.
Eu, um tanto perdido numa festa, de repente aparece uma garota e puxa conversa comigo. Ainda um pouco sem jeito, tentei escapar de fininho, mas não deu.
Ela começou a falar sobre uns assuntos estranhos... que diziam respeito a mim. E eu então comecei a me interessar pela conversa.
Aliás, era uma conversinha bem direta. Ela falava comigo a uns 5 centímetros de distância. Me empolguei.
Falei tanto que a deixei sem graça. Pensei cá comigo:

- Vou roubar um beijo dela...

Ela deve ter pensado:

- Acho que ele está querendo me beijar, mas eu vou beijar primeiro...

Então quando ela chegou uns 2 cm mais perto, eu arrisquei. E ela arriscou mais rápido ainda.
E que rápido !
Não durou nem 3 segundos.
Daí ela me olhou e disse que tinha voltado com o namorado naquele mesmo dia. Eu só dei uma enrugadinha na testa e disse:

- Foda-se.

Ela sorriu. E eu consertei a frase, dizendo que só não continuaria com aquilo porque conhecia o carinha.
Mas ela foi se interessando. E quando estávamos prestes a perder o controle, uma coruja de plantão chegou e a levou.
Leva.

A carne é fraca. Às vezes a verdade deixa as pessoas sem palavras.
Foi sem querer.