Um Circo, um Palhaço, um Pipoqueiro, alguns amores, muitos porres. E uns textos complicados sem pé nem cabeça.

29.2.04

Circo Boêmio

É gostoso ver nas séries e novelas da TV como era a vida dos boêmios de algumas décadas atrás. Artistas, escritores, jornalistas e românticos todos vestindo-se elegantemente na noite sem fim. Bordéis e bares eram os pontos de encontro, onde bebiam, cantavam e seduziam as mulheres. Os maiores intelectuais brasileiros foram, ou ainda são, boêmios. Nelson Gonçalves, Tom Jobim, e mais muitas outras figuras importantes.

Ser um boêmio naquela época era sinônimo de vadiagem. Muitos homens casados não conseguiam evitar essa vida noturna.
A boemia pode ser vivida de diferente maneiras.

Aqui, por exemplo, os maiores boêmios são frequentadores do Bar Barão.
Eles dispõem, ali, de um lugar cativo, tamanha a frequência deles no local. Reúnem-se todos os dias. Alguns aparecem apenas aos finais de semana, mas aparecem.

É de admirar a satisfação deles no tal lugar. Estão sempre bem humorados, sorrindo, e às vezes até cantando.
É claro que a vida boêmia casabranquense não se compara, apesar de eu não conhecer, com a de São Paulo, ou do Rio, onde existem infinitos lugares para se desperdiçar as horas.

Mesmo eu não sendo um boêmio, essa é uma vida que me agrada bastante. Acho a noite muito mais interessante do que o dia. Se esforce durante o dia, para gozar a vida nos momentos de descanso. A noite é onde você descarrega toda sua carga de um dia cheio.

A boemia é uma vida mística. Você nota as pessoas nos bares e nenhuma te aparenta ter problemas de saúde, de dinheiro, ou família. Todos ali, esquecem dos calos pra relaxar.
Oscar Wilde definiu seus amigos com algumas palavras que, na minha opinião, servem perfeitamente para rotular os boêmios:

“Poetas, pervertidos, vagabundos e gênios.”

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