Being Forrest Gump
Não é de hoje que eu tenho a mania de sair correndo pela cidade, depois que estou de porre. Nem sei direito a velocidade que corro, ou mesmo para onde vou.
Muitas foram as vezes em que, eu saía de uma festa, e ia embora correndo. Um amigo meu tinha essa mesma mania. Talvez eu tenha herdado isso dele. Hoje, infelizmente, ele não pode correr mais, por ter apenas um joelho humano (me perdoe o humor Lipão, mas eu não pude evitar!).
Uma vez eu saí correndo de uma festa e fui (embreagado, claro) pra casa. O curioso, é que eu não fui para a casa onde eu morava, e sim para a casa em que eu moro hoje, até então em construção.
Era madrugada, e os vizinhos me ouviram passar correndo na frente de suas casas várias vezes. Inclusive, um vizinho que estudava comigo, me disse que eu dei umas cinco voltas no quarteirão (isso enquanto ele já estava na calçada). Disse ainda que, depois que eu cansei, parei na frente da construção "em guarda", como se estivesse segurando um fuzil, ou algo parecido. Essa eu mesmo queria ter visto.
O problema é que quando eu acordo, nunca me lembro se na noite passada eu corri ou não.
A última "corrida" que eu dei, não tem muito tempo. Saí de uma festa à fantasia normal, só que quando cheguei na rua de casa, desci num cacete só. Na esquina de casa, eu ouvi um "Ei Rudh!".
Parei, olhei pro lado, e um figura com uma moça no chão da calçada perguntou:
- Por que você tá correndo véio ?
E eu fazendo gesto com os dedos (L):
- Que lesera hein ?!
Depois disso continuei correndo até em casa, com aquela camisa de pipoqueiro de circo coberta por um blazer da mamãe, e aquelas costeletas a la Nasi.
PS: Essa última história quem me contou foi esse mesmo rapaz que eu encontrei na esquina. Qualquer dúvida, eu não sou a pessoa mais indicada para falar sobre o assunto.
Em tempo: Se por acaso, algum dia você me ver correndo pela rua, de madrugada, não se estranhe. Pode ser pressa mesmo.
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