Ainda naquela história...
Não sei como chamar essa situação. Destino não é. Aliás, nem acredito em destino. Não gosto de pensar no fato d'eu não ter o controle da minha própria vida.
Resolvi descer a pé pra casa hoje.
Na chuva.
E quando eu dobro a esquina, tava a moça lá com o outro. Debaixo de uma sombrinha, usando uma roupinha de verão. Nem me viu.
Eu a vi. Vi não, a comi com os olhos, se é assim que posso definir aquele quase abuso. Quando olhei, ele ainda deu um "beijinho"... Mas aquilo era um tchau.
Ainda não a tinha visto direito.
A única coisa que deu pra perceber, foi que gordinha ela não tá.
Não sei o que aconteceu. Nem é dela que eu gosto. E me bateu uma quentura, no corpo gelado e molhado da chuva.
Achei estranho.
Tão perto, mas ao mesmo tempo tão longe.
É como aquela frase de uma musiquinha que embalava minha fase início da pré-aborrecência:
"... garotos, como eu sempre tão espertos, perto de uma mulher, são só garotos..."
Só me senti incapaz de pensar e/ou agir rápido, em um espaço de tempo tão curto.
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