Um Circo, um Palhaço, um Pipoqueiro, alguns amores, muitos porres. E uns textos complicados sem pé nem cabeça.

25.1.04

Ainda naquela história...

Não sei como chamar essa situação. Destino não é. Aliás, nem acredito em destino. Não gosto de pensar no fato d'eu não ter o controle da minha própria vida.
Resolvi descer a pé pra casa hoje.
Na chuva.
E quando eu dobro a esquina, tava a moça lá com o outro. Debaixo de uma sombrinha, usando uma roupinha de verão. Nem me viu.
Eu a vi. Vi não, a comi com os olhos, se é assim que posso definir aquele quase abuso. Quando olhei, ele ainda deu um "beijinho"... Mas aquilo era um tchau.
Ainda não a tinha visto direito.
A única coisa que deu pra perceber, foi que gordinha ela não tá.
Não sei o que aconteceu. Nem é dela que eu gosto. E me bateu uma quentura, no corpo gelado e molhado da chuva.
Achei estranho.
Tão perto, mas ao mesmo tempo tão longe.
É como aquela frase de uma musiquinha que embalava minha fase início da pré-aborrecência:

"... garotos, como eu sempre tão espertos, perto de uma mulher, são só garotos..."

Só me senti incapaz de pensar e/ou agir rápido, em um espaço de tempo tão curto.